Grupo A1 https://a1.com.br Soluções Personalizadas para a Indústria Tue, 21 Oct 2025 17:13:59 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.9 https://a1.com.br/wp-content/uploads/2025/04/atual-150x150.png Grupo A1 https://a1.com.br 32 32 A A1 fortalece continuamente sua capacidade industrial para atender à crescente demanda por soluções modulares https://a1.com.br/2025/10/21/a-a1-fortalece-continuamente-sua-capacidade-industrial-para-atender-a-crescente-demanda-por-solucoes-modulares/ https://a1.com.br/2025/10/21/a-a1-fortalece-continuamente-sua-capacidade-industrial-para-atender-a-crescente-demanda-por-solucoes-modulares/#respond Tue, 21 Oct 2025 16:48:51 +0000 https://a1.com.br/?p=2361

O mercado industrial vive um momento de transformação acelerada. Grandes projetos de infraestrutura, plantas industriais e empreendimentos de energia têm adotado, de forma crescente, soluções pré-fabricadas e modulares, como Pipe-Racks, Skids, Spools e estruturas metálicas complexas.

Atenta a essa movimentação e às exigências cada vez mais rigorosas de produtividade e precisão, a A1 Industrial, empresa do Grupo A1, vem investindo estrategicamente no desenvolvimento destas soluções, e no último ano instalamos em nossa unidade a maior máquina de corte a laser para perfis e tubos da América Latina, a qual foi desenvolvida sob medida para elevar o patamar da nossa capacidade produção.

Com capacidade de corte para tubos e perfis de 50mm a 500mm de diâmetro e até 1” ½ de espessura, a nova tecnologia permite operações de alta complexidade, como cortes, chanfros e furações em múltiplos ângulos, com a precisão do comando numérico computadorizado (CNC) e a qualidade do corte a laser. Seu cabeçote 3D, aliado à alimentação e descarga automáticas e combinados com os avanços horizontais e giro de tubos e perfis, garantem o processamento de peças de até 12 metros, com recortes e furações em todos os sentidos e o maior aproveitamento dos materiais.

Essa característica, somada à alta capacidade de produção, posiciona a empresa para responder de forma ágil às necessidades de cada projeto.

“Mais do que um investimento em tecnologia, essa aquisição é um movimento estratégico para ampliarmos nossa competitividade e entregarmos soluções industriais completas, com prazos reduzidos e qualidade superior”, destaca Vinicius Biscuola, Diretor Industrial da A1.

Com essa iniciativa, a A1 não apenas amplia sua capacidade produtiva, mas se consolida como referência no fornecimento de soluções modulares e pré-fabricadas, pronta para atender um mercado que exige velocidade, inovação e precisão em escala global.

]]>
https://a1.com.br/2025/10/21/a-a1-fortalece-continuamente-sua-capacidade-industrial-para-atender-a-crescente-demanda-por-solucoes-modulares/feed/ 0
Análise da aplicação da função de proteção de sobrecorrente baseado no elemento de sequência negativa: Comparação do desempenho com os tradicionais elementos de fase e de sequência zero https://a1.com.br/2025/10/17/analise-da-aplicacao-da-funcao-de-protecao-de-sobrecorrente-baseado-no-elemento-de-sequencianegativa-comparacao-do-desempenho-com-os-tradicionais-elementos-de-fase-e-de-sequencia-zero/ https://a1.com.br/2025/10/17/analise-da-aplicacao-da-funcao-de-protecao-de-sobrecorrente-baseado-no-elemento-de-sequencianegativa-comparacao-do-desempenho-com-os-tradicionais-elementos-de-fase-e-de-sequencia-zero/#respond Fri, 17 Oct 2025 18:41:39 +0000 https://a1.com.br/?p=2326

Resumo — Este artigo analisa a aplicação do elemento de sobrecorrente de sequência negativa na proteção de

sistemas elétricos comparando seu desempenho com os tradicionais elementos de fase e de sequência zero.
Embora preterido na prática, o elemento de sequência negativa apresenta vantagens quando analisado em relés
microprocessados modernos. O estudo utilizou um sistema-teste com 16 barras, modelado no software
PowerFactory 2024 com dados reais do sistema Furnas, considerando tensões de 138 kV, 230 kV e 345 kV. Foram
simuladas mais de 300 faltas do tipo Fase-Fase, Fase, Fase-Terra e Fase-Terra, avaliando o tempo de atuação e
o alcance dos diferentes elementos de proteção. Os resultados indicam que o elemento de sequência negativa
teve maior alcance em 100% dos casos de faltas Fase, Fase, além de atuar mais rapidamente em até 90% destas
ocorrências. Também se mostrou eficaz em cenários onde os elementos tradicionais não atuariam, devido a
correntes de falta inferiores às de carga. A inclusão sistemática do elemento de sequência negativa pode
melhorar significativamente a seletividade, reduzir o tempo de interrupção e minimizar danos aos equipamentos sob falta.
Palavras-Chave — Sistemas de Proteção, Proteção de Sobrecorrente, Componentes Simétricas, Coordenação,
Seletividade, Funções de Proteção de Sequência Negativa.

    1. INTRODUÇÃO
      O projeto de sistemas de proteção para o sistema elétrico de potência (SEP) baseia-se em princípios fundamentais
      como simplicidade, confiabilidade, seletividade, facilidade de manutenção e rápida velocidade de atuação. Esses
      requisitos visam reduzir danos permanentes aos ativos do sistema, preservar a segurança das pessoas, minimizar os
      tempos de interrupção e isolar a menor porção possível do sistema afetado por uma falta [1], [2].
      Durante condições anormais, como faltas e desbalanços, surgem componentes de sequência negativa nas grandezas
      elétricas do SEP. Essas componentes refletem a assimetria entre fases e são indicativas da presença de anomalias
      operacionais. Relés de proteção modernos, especialmente os baseados em microprocessadores, permitem o uso desses
      componentes em algoritmos de proteção oferecendo funções com alta sensibilidade e confiabilidade [8].
      Historicamente, o uso de funções baseadas em sequência negativa foi limitado pela complexidade e alto custo das
      técnicas exigidas nas tecnologias de relés eletromecânicos e de estado sólido. Apesar da viabilidade técnica, o
      processamento dessas grandezas não era trivial, o que desestimulava sua aplicação prática. Com a evolução dos
      relés microprocessados, o acesso e utilização das componentes de sequência negativa tornaram-se
      significativamente mais simples. Ainda assim, observa-se que essas funções permanecem subutilizadas na prática de
      engenharia, sendo frequentemente preteridas em favor de elementos convencionais de fase e sequência zero.
      O conhecimento do comportamento dos elementos de um sistema elétrico, tanto em condições normais quanto em
      situações de falta, é essencial para a adequada aplicação das funções de proteção. É reconhecido pelos autores que o
      sistema de proteção dispõe de diversas funções, cada uma com papéis específicos na detecção e eliminação de faltas.
      Nesse contexto, a função de sobrecorrente é, em geral, empregada como proteção de backup. Diante disso, este
      trabalho tem como objetivo analisar o desempenho dos elementos de proteção de sobrecorrente tradicionais e
      comparar com a proteção baseada no elemento de sequência negativa, frente a diferentes tipos de faltas em sistemas de
      transmissão.
      Para isso, são avaliados os alcances e tempos de atuação dos elementos de fase, sequência negativa e sequência zero,
      a partir de simulações em um sistema teste modelado com base em dados reais do Sistema Furnas na região
      Goiás/Brasília, considerando três níveis de tensão: 138 kV, 230 kV e 345 kV [6]. Os resultados demonstram que a
      proteção por sequência negativa pode apresentar vantagens expressivas em termos de rapidez e abrangência, reforçando sua relevância na composição de esquemas práticos de proteção do SEP baseados em funções de sobrecorrente.

    1. CRITÉRIOS PARA AJUSTE DA PROTEÇÃO DE SOBRECORRENTE
      Para o ajuste do elemento de sobrecorrente temporizado de fase, o relé deve suportar, sem operar, as variações de
      carga rotineira do sistema (40% a 50% de folga). Além de acomodar as flutuações de corrente de carga, essa margem
      possibilita as transferências de carga devido a manobras na rede e futuras expansões [1].
      Para o caso aqui estudado, foi aplicado o fator de sobrecarga de 50% conforme referenciado em (1).

Onde:
𝐼𝑛 — Corrente nominal da carga;
𝐼𝑎𝑗 — Corrente de ajuste do relé de proteção;
𝐼𝑐𝑐. 𝑚𝑖𝑛. — Corrente de curto-circuito mínima.

Para o ajuste do elemento de sobrecorrente de sequência zero, o valor do ajuste do relé de neutro depende do local e
do porte do sistema elétrico. Na zona de geração elétrica a corrente está mais equilibrada. Na distribuição o
desequilíbrio é maior, conforme pode ser visto na Figura 1[1].

Para o caso aqui estudado, proteção de linhas de transmissão, foi aplicado o fator de 20% para desequilíbrio conforme (2).

Onde:
𝐼𝑛 — Corrente nominal da carga;
𝐼𝑎𝑗 — Corrente de ajuste do relé de proteção;
𝐼𝑐𝑐. 𝑚𝑖𝑛. 0 — Corrente de curto-circuito mínima de sequência zero.

Da mesma forma como elementos de sobrecorrente de sequência zero, os elementos de sobrecorrente de sequência
negativa podem ser ajustados abaixo dos níveis de corrente de carga [1].
Quando comparado a tradicional proteção de sobrecorrente de fase, o elemento de sobrecorrente de sequência negativa pode ser ajustado para operar com maior rapidez e sensibilidade em faltas do tipo Fase-Fase, uma vez que não responde a condições de carga equilibrada [3].

A Tabela 1 a seguir mostra quais elementos, fase ou sequência zero, são comumente utilizados para fazer a detecção dos vários tipos de falta que ocorrem no SEP.

Observa-se, pela Tabela 1, que os elementos de sobrecorrente de fase são empregados na detecção de faltas envolvendo duas ou mais fases, enquanto os elementos de sobrecorrente residual (ou de terra) são aplicados às faltas que envolvem a terra. Essa estrutura de proteção reflete uma abordagem convencional baseada no uso direto das correntes de fase (Ip) e da corrente de sequência zero (I0) como variáveis operativas primárias. Contudo, essa abordagem não contempla de forma abrangente o uso das componentes de sequência negativa (I2), apesar de sua presença consistente em situações de operação assimétricas, como nas faltas monofásicas à terra (FT), bifásicas à terra (FFT) e bifásicas (FF). Os relés microprocessados permitem o processamento em tempo real das componentes simétricas, viabilizando a implementação de funções de proteção baseadas em I2. Tais funções oferecem elevada sensibilidade à assimetria e podem ser utilizadas como elementos discriminantes na detecção de faltas não equilibradas, inclusive em situações em que os elementos convencionais de fase ou terra apresentem limitações de sensibilidade, seletividade ou coordenação. Nesse sentido, a utilização da corrente de sequência negativa como variável operativa representa uma estratégia eficaz para a detecção de faltas FT, FFT e FF. Em faltas FT e FFT, I2 surge juntamente com I0, podendo atuar como elemento redundante ou complementar ao elemento de sequência zero. Para faltas FF, onde não há geração de I0, o uso de I2 se torna ainda mais relevante, oferecendo uma alternativa robusta em cenários onde a atuação baseada exclusivamente em Ip pode ser comprometida por baixos níveis de corrente de falta ou pela presença de cargas desequilibradas. Portanto, a adoção de elementos de proteção baseados em sequência negativa, viabilizada por relés microprocessados, configura-se como uma extensão natural e tecnicamente justificável da proteção convencional, contribuindo para o aumento da sensibilidade, seletividade e rapidez de resposta em sistemas elétricos de potência. 3. METODOLOGIA O sistema-teste deste trabalho é o sistema de 16 barras, caso base carga pesada, extraído a partir de dados do sistema de Furnas – região Goiás/Brasília em três níveis de tensão: 138 kV, 230 kV e 345 kV [6]. Para modelagem e análise do sistema elétrico foi utilizado o software – PowerFactory (PF) – 2024. O sistema teste foi complementado com dados técnicos do comprimento das linhas, com a inserção de equipamentos de proteção e medição – transformadores de corrente/potencial e relés de proteção, possibilitando a análise da atuação dos elementos de proteção. O sistema possui duas áreas elétricas, área 1 que concentra o setor de 345 kV e a área 2 em 230 kV. Possui duas usinas geradoras, sendo uma de 422 MW (Geração máxima) na área 1 e outra de 420 MW (3 x 140 MW – Geração máxima) na área 2. A rede de transmissão em malha fechada com circuitos simples e duplos, totalizam quatorze circuitos. Possui três transformadores de interligação de níveis de tensão diferentes para controle de tensão, um compensador síncrono ligado à barra 9 e dispositivos em derivação: três reatores e um capacitor. Trata-se de um sistema ainda com aspecto didático, mas apresentando características de um sistema real., conforme representado na Figura 2:

As simulações buscam avaliar a aplicabilidade, o alcance e comparar os tempos de atuação dos elementos de proteção de sobrecorrente para as seguintes condições:  Faltas Fase-Fase – Comparação da atuação dos elementos de fase e de sequência negativa;  Faltas Fase-Fase-Terra – Comparação da atuação dos elementos de fase e de sequência negativa e comparação da atuação dos elementos de sequência negativa e de sequência zero;  Faltas Fase-Terra – Comparação da atuação dos elementos de sequência zero e de sequência negativa. Conforme Tabela 1, atualmente os estudos elétricos desenvolvidos propõem a seguinte cobertura de proteção:  Faltas Trifásicas, faltas Fase-Fase e faltas Fase, Fase-Terra: Utilização dos elementos de sobrecorrente de fase;  Faltas envolvendo a terra, Fase-Fase-Terra e Fase, Terra: Utilização dos elementos de sobrecorrente de sequência zero. Na literatura técnica, observa-se a aplicação limitada do elemento de sequência negativa na definição dos esquemas de proteção. Esse elemento pode ser ajustado de forma semelhante ao elemento de sequência zero e quando comparado ao elemento de sobrecorrente de fase, possui a vantagem de atuar mais rapidamente em situações de desequilíbrio, já que não responde a cargas balanceadas. Dessa forma, este estudo propõe a utilização do elemento de sequência negativa na detecção de faltas do tipo FT, FFT e FF, substituindo os elementos tradicionais de sobrecorrente de fase e de sequência zero. A expectativa é aumentar tanto a sensibilidade quanto a velocidade de resposta da proteção. Os ajustes dos elementos de fase e de sequência zero seguiram a orientação das bibliografias tradicionais [1], [2]. Já o elemento de sequência negativa foi ajustado, neste estudo, de maneira análoga ao elemento de sequência zero, considerando desbalanço de 20%, conforme (3):

Onde: — Corrente nominal da carga;  — Corrente de ajuste do relé de proteção; — Corrente de curto-circuito mínima de sequência negativa. 4. RESULTADOS A análise envolveu a simulação de mais de 300 faltas, sendo faltas francas Fase-Fase, Fase-Fase-Terra e Fase-Terra, junto as diversas barras e ao longo das linhas do sistema, com os resultados sendo detalhados a seguir. No sistema teste – Área 1 da Figura 3, setor de 345 kV, foi aplicado um curto-circuito Fase-Fase junto a barra 10, e avaliado o tempo de atuação e o alcance dos relés envolvidos, conforme circuito esquemático mostrado na Figura 3.

No coordenograma mostrado na Figura 4 aparecem destacados, para o mesmo relé, os tempos de atuação do elemento de fase (425 ms) e a atuação mais rápida do elemento de sequência negativa (398 ms), para uma mesma falta. Analisando a atuação dos demais relés para esta falta junto a Barra 10, os tempos e a diferença de atuação foram registrados conforme Tabela 2. O RL2-LT1.10.11 mais próximo a falta atua primeiro, e os demais como retaguarda.

Os resultados, conforme mostrado na Tabela 2, indicam que a atuação do elemento de sequência negativa foi mais rápida nos dois primeiros relés, além disso, este elemento permitiu alcance a todos os relés envolvidos. A filosofia de proteção deve assegurar que não haja perda de seletividade, mesmo diante dos longos alcances associados ao elemento de sequência negativa. Expandindo a análise das faltas Fase-Fase percorrendo a linha 10.11, em intervalos de 12,5% do comprimento da linha de transmissão, tem-se os seguintes tempos de atuação dos relés, conforme exemplo do relé RL2-LT1.11.12 representado na Figura 5 a seguir. Os resultados indicados, referem-se somente aos casos em que o relé opera para os dois elementos: fase e sequência negativa.

Observa-se na Figura 5 que a atuação do elemento de sequência negativa é mais rápida que o elemento de fase em 100% da extensão da linha. Se forem incluídos nesta análise todos os relés sensibilizados pela falta Fase-Fase na Barra 10, teríamos os tempos de atuação conforme limites indicados Figura 6.

Verifica-se na Figura 6 que os limites de atuação dos elementos de sequência negativa são menores que os limites de atuação dos elementos de fase em todos os relés comparados. No relé RL2-LT1-11.12, por exemplo, para sequência negativa todas as atuações ficaram abaixo de 600 ms, enquanto o elemento de fase parte de 620 ms. Importante ressaltar que para esta falta, só o elemento de sequência negativa teve alcance no relé RL1-LT1-2.3. O elemento de fase não atuou. Analogamente foram aplicadas faltas: – Fase-Fase-Terra e comparados os elementos de fase x sequência negativa e os elementos de sequência negativa x sequência zero; – Fase-Terra e comparados os elementos de sequência negativa x sequência zero.

No coordenograma da Figura 7 além da comparação dos tempos de atuação, pode-se observar o intervalo de coordenação variando de 251 a 294 ms. Incluindo nesta análise todos os relés sensibilizados para esta falta FFT na Barra 10, a Tabela 3 apresenta os seguintes tempos de atuação:

A Tabela 3 evidencia que a diferença de atuação entre os elementos fica abaixo dos 35 ms e que, neste caso, assim como no caso da falta Fase-Fase, o elemento de fase sensibiliza em menor número de relés, limitando a proteção de retaguarda. Aplicado as demais faltas propostas nos dois níveis de tensão 345 /230 kV e nos dois sentidos, considerando apenas os casos em que ambos os elementos avaliados atuaram para uma mesma falta, avaliando os tempos de atuação, a Figura 8 indica o elemento que teve a atuação mais rápida para faltas envolvendo mais de uma fase. 

A análise dos resultados demonstrou que, o elemento de sequência negativa apresentou tempos de atuação inferiores em 87,65% dos casos de falta Fase-Fase e em 70,47% dos casos de falta Fase-Fase-Terra, conforme indicado no gráfico comparativo. Da mesma forma a Figura 9 indica o elemento que teve atuação mais rápida para as faltas envolvendo a terra.

Para faltas FFT, o elemento de sequência negativa foi mais rápido em 56,72% dos casos, contra 43,27% do Local do Curto Tipo de Falta ELEMENTO R2-LT1-10.11 (ms) R2-LT1-11.12 (ms) R1-LT1-3.12 (ms) R1-LT1-2.3 (ms) FASE 412,00 706,00 S/ ALCANCE S/ ALCANCE SEQ. NEGATIVA 447,00 698,00 1234,00 S/ ALCANCE Barra 10 (Barra Jus) FFT RL1-LT1-2.3 SÓ ATUOU PARA O SEQ. NEGATIVA Atuação do Elemento de Fase Atuação do Elemento de Fase Atuação do Elemento de Seq. Neg. Atuação do Elemento de Seq. Neg. 698 ms 706 ms 447ms 412ms elemento de sequência zero. Já nas faltas FT, o desempenho do elemento de sequência negativa também foi superior, com 54,39% das atuações mais rápidas, frente a 45,61% do elemento de sequência zero. Após a análise dos tempos de atuação, com foco na avaliação do alcance dos elementos de proteção, foram identificados 146 casos, entre todas as faltas simuladas e os quatro relés avaliados — considerando-se a direcionalidade — em que ao menos um elemento de proteção não foi sensibilizado com os ajustes aplicados.

A análise dos resultados indicou que, nos 32 casos de faltas Fase-Fase em que pelo menos um elemento de proteção não foi sensibilizado, o elemento de fase foi o responsável por 100% das ocorrências. Já nos 45 casos de faltas FaseFase-Terra, observou-se que, em 82,22% das ocorrências, o elemento de fase também não foi sensibilizado, conforme ilustrado no gráfico. Da mesma forma a Figura 11, indica o percentual de não atuação dos elementos de proteção especificamente para as faltas envolvendo a terra.

Os resultados mostram que, nos 46 casos de faltas FFT em que pelo menos um elemento de proteção não foi sensibilizado, o elemento de sequência zero foi o responsável por 63,04% das ocorrências. Já nos 23 casos de faltas FT, observou-se que, em 26,09% das ocorrências, o elemento de sequência zero também não foi sensibilizado, conforme ilustrado no gráfico. Neste estudo, foram simuladas mais de 300 faltas, sendo faltas Fase-Fase, Fase-Fase-Terra e Fase-Terra, nas diversas barras e ao longo das linhas do sistema e com os principais resultados:  Para as faltas Fase-Fase em 100% dos casos, o elemento de sequência negativa apresentou um alcance maior do que o elemento de fase;  Para as faltas Fase-Fase, em cerca de 90% das ocorrências, o elemento de sequência negativa atuou mais rápido, de 25 a 75 ms, que o elemento de fase;  Para as faltas Fase-Fase-Terra, em 75% dos casos, o elemento de sequência negativa atuou mais rápido, 90 ms em média, que o elemento de fase;  Para as faltas Fase-Terra, em 54% dos casos, o elemento de sequência negativa foi mais efetivo que o elemento de sequência zero. Isto se deve principalmente, porque em algumas linhas do sistema, a I0 é maior que as correntes de curto fase-terra, não permitindo o ajuste do elemento de sequência zero, conforme ilustrado na Figura 13. Em alguns pontos do sistema a corrente de ajuste (função da corrente nominal) do elemento de fase Ip é superior às correntes de falta, como mostra a Figura 12, restringindo a aplicação deste elemento. Como o elemento de sequência negativa é ajustado pela corrente de desequilíbrio I2 e é uma porcentagem da corrente de carga, não há esta restrição. 

 

Em outras regiões do sistema, a corrente de ajuste do elemento de sequência zero, ajustado pela corrente I0 (porcentagem da corrente de carga) é superior que as correntes de falta envolvendo a terra, como mostra a Figura 13 não permitindo a aplicação do elemento de sequência zero, apenas o elemento de sequência negativa.

A Figura 13 mostra a corrente de sequência zero (I0= 59,2A) superior a corrente de falta fase-terra (I0cc1Ø), não permitindo a aplicação do elemento de sequência zero, conforme requisitos estabelecidos em (2). Os resultados reforçam a importância da análise da aplicação do elemento de sequência negativa, como função de proteção nos sistemas elétricos. Considerando os resultados, propõe-se a aplicação do elemento de sequência negativa conforme a Tabela 4 a seguir. 

5. CONCLUSÕES O presente artigo abordou a aplicação do elemento de sequência negativa como técnica de proteção em sistemas elétricos, uma abordagem ainda pouco explorada na literatura existente. Por meio da implementação de um sistema teste real, foi possível comparar o desempenho do elemento de sequência negativa com os elementos de fase e de sequência zero, com foco no tempo de atuação e alcance. Os resultados obtidos indicaram que o elemento de sequência negativa apresentou desempenho superior, com tempos de atuação mais rápidos e maior alcance em relação aos elementos tradicionais de fase e de sequência zero. No que se refere ao alcance, é importante destacar tanto os benefícios quanto as limitações dessa característica. Como ponto positivo, o maior alcance possibilita a cobertura de todos os relés ao longo do circuito, aumentando a sensibilidade da proteção e garantindo maior abrangência na detecção de falhas. Além disso, esse alcance pode ser ajustado (encurtado), permitindo certa flexibilidade na configuração do sistema. Por outro lado, esse mesmo alcance ampliado pode representar uma desvantagem, pois pode elevar o risco de perda de seletividade entre os dispositivos de proteção. Diante disso, a aplicação do elemento de sequência negativa deve ser criteriosamente avaliada pelo engenheiro responsável, considerando-se a filosofia de proteção adotada e os requisitos específicos da instalação. A proposta inicial consistia na utilização do elemento de sobrecorrente de sequência negativa para a detecção de faltas do tipo fase-terra (FT), fase-fase-terra (FFT) e fase-fase (FF), substituindo integralmente os elementos convencionais de sobrecorrente de fase e de sequência zero. Com base nos resultados obtidos, propõe-se que a filosofia de proteção considere as variáveis operativas conforme indicado na Tabela 4. Esses resultados têm impactos significativos na melhoria da confiabilidade e eficiência dos sistemas de proteção, especialmente em regiões onde os elementos de fase ou de sequência zero não são eficazes devido a características específicas de corrente nominal e de falta. A maior rapidez na atuação do elemento de sequência negativa contribui para a redução do tempo de interrupção, minimizando danos aos equipamentos dentro da zona de proteção e, consequentemente, garantindo uma maior segurança operacional. Embora o estudo tenha sido realizado com um sistema teste real, algumas limitações precisam ser consideradas, como a dependência das condições operacionais específicas do sistema estudado. Essa análise está sendo estendida para aplicações em sistemas industriais, com o objetivo de verificar se os ganhos de sensibilidade e rapidez de resposta observados em sistemas elétricos de potência também se reproduzem nesse contexto.

Nilson Cunha Júnior Gerente de Elétrica Instrumentação&Automação A1 ENGENHARIA Araucária, PR 83707-090 – Brasil Tel.: + 55 (41) 3616-3616; email:nilson.cunha@a1.com.br Prof. Dr. Ulisses Chemin Neto Professor PPGSE Universidade Tecnológica Federal do Paraná – UTFPR Curitiba, PR 80230-901 – Brasil Tel.: + 55 (41) 3310-4626; email: ucnetto@utfpr.edu.br Dr. Fabiano Magrin Engenheiro FGSM Engenharia Campinas, SP 13025-340 – Brasil Tel.: + 55 (19) 981142808; email: magrin@fgsm.eng.br

]]>
https://a1.com.br/2025/10/17/analise-da-aplicacao-da-funcao-de-protecao-de-sobrecorrente-baseado-no-elemento-de-sequencianegativa-comparacao-do-desempenho-com-os-tradicionais-elementos-de-fase-e-de-sequencia-zero/feed/ 0
Análise Pinch: Otimização Energética em Processos Industriais https://a1.com.br/2025/09/05/analise-pinch-otimizacao-energetica-em-processos-industriais/ https://a1.com.br/2025/09/05/analise-pinch-otimizacao-energetica-em-processos-industriais/#respond Fri, 05 Sep 2025 13:54:46 +0000 https://a1.com.br/?p=2241

A Análise Pinch é uma metodologia de integração energética amplamente utilizada em processos químicos e petroquímicos. Seu principal objetivo é reduzir o consumo de utilidades externas, como vapor e água de resfriamento, promovendo a recuperação máxima de energia dentro da própria planta. Essa técnica surgiu na década de 1970 e consolidou-se como ferramenta fundamental no desenho de sistemas de trocadores de calor.

O conceito central da Análise Pinch está na identificação do chamado “ponto Pinch”, que corresponde ao gargalo térmico do sistema. Esse ponto determina os limites de recuperação de calor e orienta as regras de projeto que devem ser seguidas para garantir o uso mínimo de utilidades. A metodologia aplica-se a qualquer sistema onde coexistam correntes quentes, que necessitam ser resfriadas, e correntes frias, que precisam ser aquecidas.

O primeiro passo para aplicar a Análise Pinch consiste na identificação das correntes de processo. Para cada corrente, devem ser conhecidas a temperatura de entrada, a temperatura de saída e a capacidade térmica (produto da vazão mássica pelo calor específico, ṁ·Cp). Em seguida, define-se a diferença mínima de temperatura admissível entre as correntes em trocadores de calor (ΔTmin ou approach), geralmente entre 10 °C e 20 °C, o que influencia diretamente o balanço entre custo de capital e custo operacional.

Para ilustrar, considere um exemplo utilizando as correntes apresentadas na Tabela 1. Para este sistema, vamos assumir um ΔTmin = 20 °C.

Tabela 1 – Correntes do processo

No. Stream Name Stream type Supply Temperature Target Temperature ṁ·Cp
kW / K
Heat Load kW
1 CE Hot 120 30 993 89373
2 VN Hot 95 50 1317 59273
3 CO Hot 95 50 153 6878
4 VI Hot 34 29 9333 46667
5 CP Cold 30 105 -736 -55200
6 CS Cold 48 105 -703 -40082
7 CC Cold 95 127 -1496 -47875
8 DES Cold 25 120 -29 -2771

A partir desses dados, constroem-se as curvas compostas. Para isso, todas as correntes quentes são deslocadas em -ΔTmin/2, enquanto as correntes frias são deslocadas em +ΔTmin/2. A Figura 1 mostra a representação dessas correntes em um diagrama TxDH. Nessa representação o eixo das abcissas representa a carga térmica e a inclinação das curvas, a capacidade térmica de cada corrente.

Figura 1 – Diagrama temperatura vs. variação da entalpia. (a) mostra as correntes quentes plotados separadamente em um diagrama de temperatura-calor. (b) mostra as correntes frias plotados separadamente em um diagrama de temperatura-serviço.

A curva composta é construída simplesmente somando as variações de entalpia das correntes individuais dentro de cada intervalo de temperatura. A soma das capacidades caloríficas em cada faixa de temperatura define a inclinação das curvas. O encontro das curvas representa o ponto Pinch, que marca a fronteira entre as regiões superior (acima do Pinch) e inferior (abaixo do Pinch).

A Figura 2 (a) apresenta o resultado desse procedimento para o exemplo numérico proposto. A curva vermelha representa a composição das correntes quentes e a curva azul, das correntes frias. O ponto de maior proximidade entre elas é o ponto Pinch, a partir do qual definem-se as regras de projeto. A Figura 2 (b) apresenta a curva com a temperatura real, +ΔTmin/2 para corrente fria e – ΔTmin/2 para corrente quente. A distância entre as curvas é o ΔTmin (approach), que foi estabelecido no início dos cálculos.  Acima do Pinch, não se deve utilizar utilidades de resfriamento, e abaixo dele, não se deve utilizar utilidades de aquecimento.

Figura 2 – Composite curve. (a) shifted temperature. (b) actual temperature

Esse resultado permite quantificar o consumo mínimo de utilidades. O deslocamento entre a curva quente e fria nas temperaturas mais altas mostra a quantidade mínima de vapor que será necessária para aquecer as correntes frias. Da mesma forma, a diferença entre o início da curva quente e da curva fria em temperaturas mais baixas define a necessidade mínima de água de resfriamento. Assim, a Análise Pinch não apenas indica onde instalar trocadores de calor, mas também fornece os limites termodinâmicos do sistema.

A grande curva composta apresentada na Figura 3 é construída plotando-se a diferença de carga térmica entre as curvas compostas quente e fria Figura 2 (a), em função da temperatura. Ela fornece uma representação gráfica do fluxo de calor através do processo — da seção quente para as partes do processo acima do ponto de estrangulamento (Pinch), e do processo abaixo do ponto de estrangulamento para a seção fria.

Figura 3 – Gran Composite Curve

Uma vantagem relevante da metodologia é que ela não se limita a otimizar processos existentes, mas também pode ser usada no estágio de projeto conceitual de novas unidades. Dessa forma, engenheiros conseguem prever a demanda energética antes mesmo da instalação dos equipamentos, reduzindo custos operacionais ao longo de toda a vida útil da planta. Além disso, a análise pode ser expandida para incluir integração de utilidades, cogeração e até balanços de massa.

É importante ressaltar que a aplicação prática da Análise Pinch deve considerar aspectos econômicos e operacionais. Em alguns casos, mesmo que a teoria indique máxima integração, restrições de layout, segurança ou confiabilidade podem justificar a adoção de utilidades adicionais. Portanto, a técnica deve ser vista como uma ferramenta de apoio à decisão, e não como uma solução única.

Em síntese, a Análise Pinch permite ganhos expressivos de eficiência energética. Ao identificar limites de recuperação de calor e orientar a alocação ótima de trocadores, ela contribui diretamente para a sustentabilidade industrial, reduzindo emissões de gases de efeito estufa e consumo de recursos. Seu uso é altamente recomendado em setores intensivos em energia, como agroindústrias, petroquímicas, papel e celulose e alimentos.


Referências Bibliográficas

  • Linnhoff, B., & Hindmarsh, E. (1983). The pinch design method for heat exchanger networks. Chemical Engineering Science, 38(5), 745–763.
  • Kemp, I. C. (2007). Pinch Analysis and Process Integration: A User Guide on Process Integration for the Efficient Use of Energy. Butterworth-Heinemann.
  • Smith, R. (2016). Chemical Process Design and Integration. Wiley.

Rubens Eliseu Nicula De Castro

Engenheiro Especialista – A1 Engenharia.

  • Engenheiro Químico;
  • PhD em Engenharia Química;
  • MBA em Gerenciamento de projetos.
]]>
https://a1.com.br/2025/09/05/analise-pinch-otimizacao-energetica-em-processos-industriais/feed/ 0
Comparação entre o Diferencial Percentual e o Plano Alfa Aplicados à Proteção de Transformadores de Potência https://a1.com.br/2025/07/28/comparacao-entre-o-diferencial-percentual-e-o-plano-alfa-aplicados-a-protecao-de-transformadores-de-potencia/ https://a1.com.br/2025/07/28/comparacao-entre-o-diferencial-percentual-e-o-plano-alfa-aplicados-a-protecao-de-transformadores-de-potencia/#respond Mon, 28 Jul 2025 19:45:19 +0000 https://a1.com.br/?p=2112

Abstract: The alpha plane consists of a geometric representation of the ratio of the currents entering and leaving a protection zone in a complex plane. The relay manufacturer Schweitzer Engineering Laboratories uses this plan in its line differential relays, but not for application in power transformers. Therefore, this paper presents a comparison between the alpha plane and the percentage differential applied to the protection of power transformers. The alpha plane was implemented in a SEL-451 protection relay through programming in the relay’s proprietary language. The use of the differential element through the alpha plane resulted in a significant reduction in the protection actuation time. With this reduction in the operating time, it is expected to significantly decrease the electrical and mechanical damage caused to the transformer during faults, considering the reduction in the time the equipment is exposed to faults.

Resumo: O plano alfa consiste em uma representação geométrica da relação entre correntes entrando e saindo de uma zona de proteção em um plano complexo. A fabricante de relés Schweitzer Engineering Laboratories utiliza este plano em seus relés diferenciais de linha, mas não para aplicação em transformadores de potência. Portanto, este artigo apresenta a comparação entre o plano alfa e o diferencial percentual aplicados à proteção de transformadores de potência. O plano alfa foi implementado em um relé de proteção SEL-451 através de programação em linguagem própria do relé. A utilização do elemento diferencial por meio do plano alfa resultou em uma redução significativa no tempo de atuação da proteção. Com essa redução no tempo de atuação espera-se diminuir consideravelmente os danos elétricos e esforços mecânicos causados ao transformador sob falta. Tendo em vista a redução no tempo em que o equipamento fica exposto às faltas.

Keywords: Alpha plane, percentage differential, protection, power transformers.

Palavras-chaves: Plano alfa, proteção, diferencial percentual, transformadores de potência.

1.   INTRODUÇÃO

No Brasil, a demanda por energia elétrica está aumentando, o que requer garantia de fornecimento de alta qualidade (EPE,
2022). Devido ao tamanho do país, muitas usinas estão longe dos centros de consumo, o que torna necessário o uso de transformadores para elevar a tensão e reduzir perdas durante a transmissão. Os transformadores convertem a energia elétrica em diferentes níveis de tensão, permitindo a transmissão eficiente. Eles são compostos por bobinas enroladas em um núcleo ferromagnético e desempenham um papel vital nos sistemas elétricos.

Embora os transformadores de potência geralmente apresentem baixas falhas em comparação com outros equipamentos
do sistema elétrico, quando estas falhas ocorrem de maneira intempestiva, acontecem desligamentos de determinadas
linhas de transmissão, sobrecargas em outros transformadores, necessidade de substituição e/ou manutenção, paralisação de diversos setoresna área afetada, 
realização de manobras com o objetivo de contornar a contingência e a possibilidade de grande demorado retorno na operação do equipamento faltoso. Com isso, percebe-se que falhas em transformadores de potência são danosas, custosas e perigosas tanto para as concessionárias quanto para os consumidores. Portanto, é importante proteger adequadamente esses transformadores. Existem vários métodos de proteção, dependendo da potência do transformador. Para transformadores menores, podem ser utilizados fusíveis, enquanto para transformadores maiores, são comumente usadas proteções diferenciais de corrente, sobrecorrente instantânea e temporizada, entre outras. A escolha do método de proteção deve ser feita com base na análise cuidadosa do engenheiro de proteção, considerando a viabilidade técnica e econômica e a importância do transformador.

Para a proteção de transformadores, existe o Guia de Proteção de Transformadores do IEEE, C37.91 (IEEE STD. C37.91- 2021, 2021) que apresenta vários tipos de proteção possíveis, mas como o próprio nome diz, o C37.91 apresenta um guia de soluções e não possui a intenção de compará-las, portanto, cabe ao engenheiro de proteção realizar uma análise personalizada para cada aplicação, de acordo com a importância do transformador a ser protegido.

Este artigo realiza a comparação entre o diferencial percentual e o plano alfa. Para tanto, são simuladas faltas entre espiras e espira-terra, nas condições de plena carga e em vazio nos lados delta e estrela do transformador. O objetivo principal deste trabalho é comparar os dois métodos e verificar o comportamento para as faltas citadas anteriormente. O desempenho da proteção por meio do plano alfa foi superior ao diferencial percentual.

 2.   FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Para uma melhor apresentação do que se trata o presente artigo, este capítulo apresenta uma fundamentação teórica sobre transformadores, funcionamento da proteção diferencial percentual e funcionamento do plano alfa.

 

2.1     Transformador

 

O transformador é um equipamento com grande importância para o funcionamento do sistema elétrico que conhecemos atualmente. Como descrito anteriormente, a grande parte das usinas geradoras estão há uma elevada distância dos centros
consumidores. Portanto, torna-se necessário o uso de transformadores elevadores para possibilitar a transmissão e, consequentemente, ao se aproximar destes centros consumidores, o uso de transformadores abaixadores para níveis de
tensões onde a distribuição da energia elétrica seja realizada de maneira técnica e economicamente viável.

O transformador possibilita a transmissão de energia elétrica por meio do princípio da indução eletromagnética, que converte a energia elétrica de uma certa frequência e nível de tensão em energia elétrica de mesma frequência, alterando apenas o nível de tensão, sendo este valor de tensão proporcional ao número de espiras dos enrolamentos, magnitude do fluxo mútuo e da frequência (CHAPMAN, 2013; FITZGERALD et al, 2014).

Quando comparado com outros equipamentos do sistema elétrico, o transformador é um dos mais simples e pode ser constituído de duas ou mais bobinas de condutores enrolados em volta de um núcleo ferromagnético. Com a exceção dos autotransformadores, estas bobinas não possuem conexão física entre si, sendo o fluxo magnético mútuo dentro do núcleo a única conexão entre estas bobinas (CHAPMAN, 2013).

 

2.2     Proteção de transformadores

 

Os transformadores de potência estão suscetíveis a diversos tipos de falhas, tais como (PAITHANKAR, Y.G. & BHIDE, S.R., 2003; RUSH, P., 2011):

·       Falta fase-terra e fase-fase nos seus terminais;

·        Faltas espira-terra e entre espiras nos seus enrolamentos;

·       Faltas provocadas pela ruptura do óleo isolante;

·       Faltas no comutador de tapes sob carga;

·       Faltas externas sustentadas ou não eliminadas.

O Guia de Proteção de Transformadores do IEEE, C37.91 (IEEE STD.
C37.91-2021, 2021), traz quatro categorias de transformadores de potência,
conforme mostrado abaixo:

·       Categoria I: monofásicos de 5 a 500 kVA e trifásicos de 15 a 500 kVA;

·       Categoria II: monofásicos de 501 a 1667 kVA e trifásicos de 501 a 5000 kVA;

·       Categoria III: monofásicos de 1668 a 10000 kVA e trifásicos de 5001 a 30000 kVA;

·       Categoria IV: monofásicos ≥ 10 MVA e trifásicos ≥ 30 MVA.

Ainda de acordo com o C37.91, existem diversos métodos para a realização da proteção de transformadores, considerando a sua potência nominal. Por exemplo, para transformadores de pequeno porte, trifásicos de até 5 MVA (categorias I e II), a proteção pode ser realizada por meio de fusíveis. Para transformadores trifásicos com potência superior a 5 MVA (categorias III e IV), a proteção mais utilizada é diferencial percentual de corrente (87T). Isso permite uma rápida detecção de faltas que, pode reduzir os danos causados pela corrente de falta e também proporciona a distinção entre faltas internas de outras condições de operação. As proteções de sobrecorrente instantâneo (50) e de sobrecorrente temporizado (51), geralmente, estas são utilizadas operando em conjunto com a proteção diferencial de corrente, como uma proteção de retaguarda (back-up). Ainda para os transformadores de grande porte, utiliza-se a proteção de falta à terra restrita (REF Restricted Earth Fault

protection). Além disso, a utilização em conjunto das denominadas proteções intrínsecas como relé de pressão, relé de nível de óleo, relé detector de gás (relé de Buchholz), relé térmico de sobre temperatura do enrolamento (49), entre outras.

Conforme citado por Magrin (MAGRIN, 2017) em sua tese de doutorado, a proteção diferencial percentual é a mais utilizada para o relé diferencial de transformador. Visto que esta proteção possui alta velocidade e uma sensibilidade razoável para a detecção e retirada de faltas em transformadores.

 

2.3     Funcionamento da proteção
diferencial percentual

 

A proteção diferencial tem como princípio de funcionamento a comparação da corrente elétrica de entrada e saída, ou seja, a soma das correntes que entram na zona de proteção é igual à soma das correntes que saem desta zona, durante a condição normal de operação, isto é, a proteção diferencial atua com base na Lei de Kirchhoff das Correntes (LKC). A zona de proteção  da  função  diferencial  é  delimitada pelos transformadores de corrente (TCs), estes com o objetivo de medir as correntes elétricas em seus enrolamentos primários, e enviar estas correntes com valores proporcionais à relação nominal do TC (RTC) ao relé de proteção (BLACKBURN, J.L., & DOMIN, T.J, 2014). O relé ao receber estes valores de correntes, de acordo com a sua lógica de programação toma a decisão de restrição ou de operação, ou seja, de enviar ou não o sinal para a abertura dos disjuntores dentro de sua zona de proteção.

O princípio de funcionamento da proteção diferencial é ilustrado na Figura 1, a qual está operando em condições normais e, que para simplificar a explicação, apenas dois circuitos são mostrados, podem existir vários circuitos, mas o princípio é o mesmo, sendo os TCs os limites da zona de proteção. A soma das correntes que entram é basicamente igual à soma das correntes que saem durante a operação normal. As correntes são representadas em por unidade (pu) visto que as correntes ao passar pelo transformador não possuem a mesma magnitude.

Fig. 1 Esquema de funcionamento da proteção diferencial.

 

Fonte: Retirado de Magrin (2017).

Sendo I1p e I2p as correntes primárias que entram e saem da zona de proteção. Iop a diferença das correntes que entram e saem do transformador, a qual na condição normal é dada pela corrente de excitação do transformador.

Durante operação normal ou durante faltas externas a diferença entre as correntes que entram e saem da zona de proteção é dada pela corrente de excitação do transformador. Esta corrente é chamada de corrente de operação e pode ser expressa pela soma fasorial conforme a equação (1):

Onde Î1 é a corrente no TC do primário e, Î2 a corrente no TC do secundário.

Com o funcionamento do sistema sob carga ou durante uma falta externa, a corrente de operação deve ser desprezível, sendo que apenas uma pequena parcela se deve às perdas internas e as correntes de magnetização ocasionam um desequilíbrio. Em geral, estas correntes são menores que 3% da corrente nominal do transformador. Os relés diferenciais são bastante sensíveis a faltas internas quando as correntes nos enrolamentos de restrição estão em direções opostas ou uma das correntes de restrição é zero (BLACKBURN, J.L., & DOMIN, T.J, 2014; MAGRIN, 2017; SEL, 2019).

Com a ocorrência de faltas internas, a Figura 2 mostra que a corrente de operação do relé diferencial é essencialmente a soma das correntes de entrada que alimentam a falta, I1p e I2p. Esta é a corrente total da falta no secundário e, por possuírem o mesmo ângulo, essas correntes vão circular pela bobina de operação do relé.

Fig. 2 Esquema de funcionamento da proteção diferencial.

Fonte: Retirado de Magrin (2017).

Por causa das características dos transformadores que ocasionam falsas correntes diferenciais, por exemplo, erros de relação e variação de tap, portanto, para fornecer uma alta sensibilidade a leves faltas internas com alta segurança, ou seja, alta restrição para faltas externas, a maioria dos relés diferenciais são do tipo diferencial percentual.

  • Funcionamento do plano alfa

 

O plano alfa foi apresentado por Warrington em 1968 (WARRINGTON, 1968), o qual apresenta os planos complexos alfa e beta com o objetivo de realizar a avaliação da proteção diferencial longitudinal dos relés piloto.

Warrington (1968), buscou, através do plano alfa, representar de melhor forma a relação entre as correntes fasoriais do elemento diferencial. Esta representação é dada através de um plano complexo, com base na seguinte equação.

onde alfa α é a razão entre a corrente no terminal remoto ÎA e a corrente no terminal local ÎB.

Em Blackburn e Domin (BLACKBURN, J.L., & DOMIN, T.J, 2014), o plano alfa é primeiramente apresentado como conceito diferencial de relação de correntes, no qual os relés empregados na proteção diferencial de linhas de transmissão, calculam continuamente a razão entre as correntes fasoriais do terminal remoto e do terminal local. E que esta razão, ao ser plotada em um plano complexo, facilita a compreensão da característica e desempenho do elemento diferencial empregado. Considerando uma linha de transmissão que esteja em condições normais de operação, conforme Figura 3.

Fig. 3 Exemplo de uma LT operando em condições normais.

Fonte: Adaptado de Blackburn & Domin (2014).

Aplicando a equação 2, para obter α conforme apresentado por

Warrington (1968), tem-se a seguinte resposta:

Ao realizar esta operação obtém-se o ponto onde o plano alfa representa total condição normal de operação, e este ponto permanece constante independentemente da magnitude da corrente que está passando pela linha. Como a linha está dentro da zona de proteção, em ocorrência de faltas externas e não havendo erros nos TCs, estas faltas também seriam plotadas no ponto -1. Caso exista erros nos TCs, seja por defasamento, saturação, ou outras causas de erros, o ponto de plotagem mudaria o ângulo e magnitude, entretanto, o gráfico permaneceria no lado esquerdo do plano alfa.

Para faltas internas à zona de proteção, a corrente flui das barras com direção ao ponto da falta, com isso, ao verificar com a equação 2 o ponto de plotagem será 1, ou seja, a falta estará no lado direito do plano alfa.

Na prática, devido as características do sistema, as correntes que fluem para o ponto de falta não são iguais, mas o ponto de plotagem ainda estará no lado direito do plano.

A área de restrição é definida pelo raio e o ângulo de extensão do círculo no plano. Estes são configuráveis no relé de proteção. Com o raio e ângulo devidamente ajustados, o plano alfa fica conforme a Figura 4.

Fig. 4 Característica do plano alfa.

Fonte: Adaptado de SEL (2014a).

Para faltas internas com contribuição de apenas um lado da zona de proteção, a razão entre as correntes será igual a zero. Para que neste caso haja a devida operação o raio interno do círculo no relé SEL-311L é igual ao inverso do raio externo (SEL, 2021a).

  1. METODOLOGIA

O sistema de potência utilizado para elaboração deste artigo foi retirado da tese de doutorado do Professor Dr. Fabiano Magrin (MAGRIN, 2017). O qual consiste em um sistema simples com apenas uma fonte, o banco de transformadores e a carga. Este sistema foi utilizado para analisar a atuação ou não do relé diferencial de acordo com o comportamento das correntes e tensões do transformador durante a ocorrência de faltas internas e externas.

A Tabela 1 apresenta os dados para operação desde em vazio até a condição de plena carga, valores das impedâncias da fonte e tensões para manter o sistema operando com tensão de 1 pu na barra S na condição de pré-falta. A Figura 5 mostra o sistema de potência que foi desenvolvido pelo Professor Fabiano Magrin para sua tese. E para a elaboração deste artigo esse sistema foi utilizado para a análise do comportamento das grandezas elétricas do transformador sob falta. O sistema de potência estudado neste artigo foi desenvolvido em uma versão institucional do programa PS Simul, cedida de forma gratuita pela CONPROVE Engenharia à UTFPR.

Tabela 1 – Dados do sistema de potência.

Fonte: Adaptado de Magrin (2017). Fig.5 Sistema de potência de teste.

Fonte: Adaptado de Magrin (2017).

No sistema foram utilizados três transformadores monofásicos com 33,33 MVA de potência, cada, totalizando 100 MVA, 10% de reatância de dispersão e 0,1% de resistência, sendo que os valores percentuais estão na base do transformador. Para facilitar a comparação de tensões e correntes de ambos os lados, a relação de transformação escolhida foi de 1:1.

Com o objetivo de avaliar a detecção de faltas nos pontos críticos dos enrolamentos, onde de acordo com Magrin (2017),

os locais dos enrolamentos com menor sensibilidade para detecção de faltas através do diferencial são os seguintes:

  • 1% a 10% no lado estrela para faltas entre espiras e espira-terra;
  • 1% a 10% no lado delta para faltas entre espiras;
  • 45% a 55% no lado delta para faltas espira-

Para realização deste artigo, foram simulados alguns tipos de faltas no sistema de potência, sendo eles:

  • Falta franca entre espiras e espira-terra no enrolamento delta nas condições de plena carga e em vazio;
  • Falta franca entre espiras e espira-terra no enrolamento estrela nas condições de plena carga e em vazio.
 
  1. COMPARAÇÃO ENTRE O PLANO ALFA E O DIFERENCIAL PERCENTUAL
 

Este capítulo apresenta a comparação entre o comportamento de ambos os planos e seus tempos de atuação, diferencial percentual nativo do relé SEL-387 e do plano alfa implementado por meio de lógicas internas no relé SEL-451.

A Figura 6 mostra o comportamento de uma falta entre espiras no plano diferencial percentual, onde as correntes das fases A e B saem da região de restrição e vão para a região de operação, fazendo com que o relé dispare o sinal de trip. Já a Figura 7, mostra o comportamento das correntes para uma falta entre espiras no plano alfa. Verifica-se que para ambos os elementos diferenciais sob estudo houve atuação. Nota-se que, devido ao tipo de ligação do transformador, uma falta monofásica envolvendo a fase A ocasiona a sensibilização dos elementos das fases A e B sem a atuação do elemento da fase C. Isso ocorre pois, no caso do transformador conectado em delta- estrela, uma falta monofásica do lado estrela é vista pelo lado delta como uma falta bifásica.

Fig. 6 Comportamento das correntes no plano percentual.

Fonte: Os autores (2023).

Fig. 7 Comportamento das correntes no plano alfa.

Fonte: Os autores (2023).

  • Faltas entre espiras

 

Para faltas entre espiras, ambos planos diferenciais atuaram para todas as simulações, ou seja, não houve diferença com a sensibilidade, mas com a utilização do plano alfa houve uma redução significativa no tempo de atuação. As Figuras 8, 9, 10 e 11 mostram a diferença nos tempos de atuação dos relés SEL-451 e SEL-387 para as mesmas simulações de faltas entre espiras.

Fig.8 Falta entre espiras no enrolamento delta em plena carga.

Fonte: Os autores (2023).

Fig.9 Falta entre espiras no enrolamento delta em vazio.

Fonte: Os autores (2023).

Fig. 10 Falta entre espiras no enrolamento estrela em plena carga.

Fonte: Os autores (2023).

Fig. 11 Falta entre espiras no enrolamento estrela em vazio.

Fonte: Os autores (2023).

  • Faltas espira-terra

 

Para as simulações de faltas espira-terra, ambos planos diferenciais atuaram, isto é, não houve diferença com a sensibilidade dos relés, mas houve uma redução significativa tempo de atuação ao utilizar o plano alfa. As Figuras 12, 13, 14 e 15 mostram a diferença nos tempos de atuação dos relés SEL-451 e SEL-387 para as mesmas simulações de faltas espira-terra.

Fig. 12 Falta espira-terra no enrolamento delta em plena carga.

Fonte: Os autores (2023).

Fig. 13 Falta espira-terra no enrolamento delta em vazio.

Fonte: Os autores (2023).

Fig. 14 Falta espira-terra no enrolamento estrela em plena carga.

Fonte: Os autores (2023).

Fig.15 Falta espira-terra no enrolamento estrela em vazio.

Fonte: Os autores (2023).

  • Faltas externas

 

Para as faltas externas, tanto o diferencial percentual do SEL-

387 quanto o plano alfa implementado no SEL-451 não atuaram, operando conforme o esperado para a função diferencial.

  1. CONCLUSÕES

Este artigo realizou a comparação entre o plano alfa e o diferencial percentual aplicados à proteção de transformadores de potência. A utilização da proteção diferencial através do plano alfa apresentou uma redução significativa no tempo de detecção e disparo do sinal de abertura pelo relé de proteção. Com essa redução no tempo de atuação espera-se diminuir consideravelmente os danos elétricos e esforços mecânicos causados ao transformador sob falta.

Pela importância do transformador no sistema elétrico e ao seu elevado custo, com a realização deste artigo foi possível verificar que ainda há algumas possibilidades a serem exploradas na proteção deste equipamento.

Algumas pesquisas podem ser realizadas a partir deste artigo.

  • Teste com outros modelos de faltas internas;
  • Teste com modelo de transformador na condição de

inrush;

  • Teste com modelo de transformador na condição de sobre-excitação;
  • Teste na condição de energização de transformadores em paralelo;
  • Teste com o plano alfa nativo de um equipamento SEL;
  • Teste com oscilografias de casos reais;
  • Teste com o plano alfa em

AGRADECIMENTOS

Os autores agradecem o apoio recebido da empresa A1 Engenharia.

REFERÊNCIAS

BLACKBURN, J.L., & DOMIN, T.J. Protective Relaying: Principles and Applications, Fourth Edition (4th ed.). CRC Press, 2014.

CHAPMAN, Stephen J. Fundamentos de Máquinas Elétricas.

Porto Alegre: Grupo A, 2013.

EPE. EPE-DEA-SEE-002/2022- NT-ONS DPL 0009/2022 –

CCEE 00285/2022 – NT Previsão de carga para o Planejamento Anual da Operação Energética 2022-2026. Disponível em: https://www.epe.gov.br/pt/publicacoes- dados-abertos/publicacoes/revisoes-quadrimestrais-da- carga. Acesso em: 24 maio 2022.

  1. J. A. Ferrer and E. O. I. Schweitzer, Modern Solutions for Protection, Control, and Monitoring of Electrical Power Systems. Pullman, WA: Schweitzer Engineering Laboratories, Inc., 2010.

IEEE STD. C37.91 – 2021. IEEE Guide for Protecting Power Transformers. [s.l.] IEEE, 2021.

MAGRIN, Fabiano G. S. Novas Funções para a Proteção de Transformadores. Orientador: Profa. Dra. Maria Cristina Dias Tavares. 2017. 200 f. Tese (Doutorado em Engenharia Elétrica) – Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2017.

PAITHANKAR, Y.G. & BHIDE, S.R. Fundamentals of Power System Protection. New Delhi. Prentice-Hall of India, 2003.

RUSH, P. Proteção e automação de redes: conceito e aplicação. Peter Rush; coordenação da tradução José Antonio Jardini – São Paulo: Editora Blucher: Schneider, 2011.

SEL. Manual de Instrução SEL-311L: Line Current Differential Protection and Automation System. SEL, 2021. Disponível em: http://www.selinc.com. Acesso em: 23 mar. 2022.

SEL. Manual de Instrução SEL-387: Current Differential Overcurrent Relay. SEL, 2021. Disponível em: http://www.selinc.com. Acesso em: 23 mar. 2022.

SEL. Manual de Instrução SEL-451: Protection, Automation and Bay Control System. SEL, 2021. Disponível em: http://www.selinc.com. Acesso em: 23 mar. 2022.

SEL. Modern Line Current Differential Protection Solutions. SEL, 2014. Disponível em: http://www.selinc.com. Acesso em: 15 nov. 2022.

SEL. Proteção dos Transformadores Elevadores. SEL, 2019. Disponível em: http://www.selinc.com. Acesso em: 09 out. 2022.

SEL. The Trajectories of Line Current Differential Faults in the Alpha Plane. SEL, 2014. Disponível em: http://www.selinc.com. Acesso em: 15 nov. 2022.

SEN, P.C. Principles of electric machines and power electronics, Third Edition (3rd ed.). WILEY, 2013. p. 40- 92.

WARRINGTON, A.R VAN C. Protective relays: their theory and practice. Vol. 1. Chapman & Hall, 1968.

]]>
https://a1.com.br/2025/07/28/comparacao-entre-o-diferencial-percentual-e-o-plano-alfa-aplicados-a-protecao-de-transformadores-de-potencia/feed/ 0
Arc Flash – Sensor de Arco na Segurança do Operador: Importância e Necessidades https://a1.com.br/2025/04/08/sensor-de-arco-na-seguranca-do-operador-importancia-e-necessidades/ https://a1.com.br/2025/04/08/sensor-de-arco-na-seguranca-do-operador-importancia-e-necessidades/#respond Tue, 08 Apr 2025 16:37:09 +0000 https://a1.com.br/?p=299

A segurança no ambiente industrial é uma prioridade que exige constante evolução tecnológica e conscientização. Uma das ameaças mais críticas à integridade dos trabalhadores em instalações elétricas é o fenômeno conhecido como Arc Flash. Esse evento de alta energia pode causar graves lesões e até mesmo ser fatal, resultando em queimaduras, explosões e liberação de gases tóxicos. Mais de 80% dos acidentes elétricos resultam de arco elétrico e combustão de roupas inflamáveis. Diante dessa ameaça, o uso de sensores de arco elétrico se destaca como uma ferramenta essencial para a segurança do operador, tanto pela prevenção quanto pela mitigação de riscos.

O que é Arc Flash?

O Arc Flash é um fenômeno que ocorre quando há o rompimento do dielétrico do meio (em geral o ar) na ocorrência de um curto-circuito entre fases ou fase-terra. Esse evento libera repentinamente uma quantidade imensa de energia térmica e radiante, com temperaturas que podem atingir até 20.000 °C, criando um ambiente extremamente perigoso para quem opera ou realiza manutenção em instalações elétricas. Destacam-se os principais efeitos do arco elétrico:

    • Temperaturas elevadas

    • Elevação da pressão do ar, atuando como um impacto explosivo

    • Desprendimento de vapores e gases prejudiciais à saúde

    • Projeção de resíduos, com a emissão de partículas sólidas líquidas e gasosas

    • Luminosidade elevada

    • Estampido

Como calcular a energia do Arc Flash?

A norma IEEE 1584-2018, intitulada “Guide for Performing Arc-Flash Hazard Calculations”, é um guia técnico desenvolvido pelo Instituto de Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos (IEEE). Ela fornece diretrizes específicas para a análise, cálculo e mitigação dos riscos associados ao arco elétrico em sistemas elétricos industriais e comerciais. Esses riscos incluem queimaduras graves, incêndios e danos a equipamentos, além de impactos na segurança dos trabalhadores.

A IEEE 1584-2018 tem como objetivo principal:

    1. Calcular a energia incidente gerada por um arco elétrico, expressa em cal/cm².

    1. Determinar as distâncias seguras de trabalho, chamadas de “distâncias de arco seguro”.

Os modelos de cálculos e equações apresentadas nesta norma, se referem a instalações com tensão de operação entre 208 V e 15000 V, na frequência de 50 Hz e 60 Hz.

De acordo com a National Fire Protection Association (NFPA 70E), a análise de risco de Arc Flash é um requisito obrigatório para garantir a segurança de operadores e técnicos. Entre os riscos do arco elétrico destacam-se:

    • Queimaduras, podendo ser fatais até mesmo quando a pessoa estiver a alguns metros de distância

    • Projeção de objetos arremessados em alta velocidade

    • Deslocamento de ar com pressão que pode deslocar a pessoa a distâncias consideráveis

    • Queima de vestimenta

    • Perda de audição devido à explosão sonora

    • Perda de visão, ocorrendo o secamento da retina devido às altas temperaturas

    • Intoxicação por gases tóxicos

A Importância dos Sensores de Arco Elétrico

O tempo em que o arco elétrico é eliminado é de crucial importância para a mitigação dos danos à saúde do operador, bem como dos equipamentos:

    • Até 500 ms: Ferimentos sérios às pessoas e danos nos equipamentos

    • Até 100 ms: sem danos sérios às pessoas e danos pequenos aos equipamentos (leves reparos)

    • Até 35 ms: danos leves às pessoas e irrelevantes aos equipamentos

Diversas técnicas são utilizadas para a diminuição do tempo de eliminação da falta, como técnicas de seletividade cronológica, ajuste de tempo dos disparadores de baixa tensão abaixo da corrente de arco, substituição de relés eletromecânicos por digitais e com ajustes otimizados, entre outros. Porém, um dispositivo que vem se mostrando bastante eficaz são os relés monitores de arco.

O sensor de arco elétrico é um dispositivo que detecta a presença de um arco em um sistema elétrico, acionando mecanismos de segurança, como o desligamento imediato da energia ou alertas visuais e sonoros. O sensor consegue identificar o arco antes que ele cresça a níveis críticos, reduzindo significativamente o tempo de exposição dos trabalhadores ao risco. A detecção rápida é um fator crucial para evitar as consequências graves do Arc Flash. Em comparação com métodos tradicionais de proteção, como disjuntores, os sensores de arco são capazes de atuar em milissegundos, o que pode ser decisivo na proteção da vida humana e da integridade do sistema.

Com base nos tempos reduzidos, considerando a aplicação de sensores de arco, se determina a energia incidente real, calculada conforme a norma IEEE 1584-2018. Esta energia é base determinar as vestimentas adequadas para garantir a segurança dos trabalhadores contra os perigos do arco elétrico, conforme indicado na NFA 70E e resumida no quadro 1.

Quadro 1 – Categorias de Riscos x Vestimentas de Proteção

EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO POR CATEGORIAENERGIA INCIDENTETOTALIZAÇÃO DA CATEGORIA CONFORME IEEE 1584
CATEGORIA 1: Camisa e calça comprida resistentes a arco + Protetor facial resistente a arco + Capacete + Óculos de segurança + Protetor auricular + Calçado de segurança0,0 – 1,2 cal/cm²#CATEGORIA 1 = 45(*N_ka) – Out of IEEE 1584 kA Range.
Lee Equation Used. Consider NESC/EPRI method to compare.
CATEGORIA 1: Camisa e calça comprida resistentes a arco + Protetor facial resistente a arco + Capacete + Óculos de segurança + Protetor auricular + Calçado de segurança1,2 – 4,0 cal/cm²#CATEGORIA 2 = 21(*N3) – Arcing Current Low Tolerances Used.
CATEGORIA 2: Camisa e calça comprida resistentes a arco + Protetor facial resistente a arco e balaclava + Capacete + Óculos de segurança + Protetor auricular + Calçado de segurança4,0 – 8,0 cal/cm²#CATEGORIA 3 = 43(*N6) – Special Instantaneous Protectio.
CATEGORIA 3: Camisa e calça comprida resistentes a arco ou macacão + Capuz carrasco resistente a arco + Capacete + Óculos de segurança + Protetor auricular + Calçado de segurança8,0 – 25,0 cal/cm²#CATEGORIA 4 = 24(*N9) – Max Arcing Duration Reached.
CATEGORIA 4: Camisa e calça comprida resistentes a arco ou macacão + Capuz carrasco resistente a arco + Capacete + Óculos de segurança + Protetor auricular + Calçado de segurança25,0 – 40,0 cal/cm²PERIGOSO! = 20(*N14a) – INST Protection. User to define trip time.
PERIGOSO!: Não há EPI Apropriado40,0 – 999,0 cal/cm² IEE 1584 2018 Bus Report – IEC909 Fault (80% Cleared Fault Threshold, include Ind. Motors ≥ 50hp for 5
 
For additional information refer to NFPA 70 E, Standard for Electrical Safety in the Workplace.Device with 80% Cleared Fault Threshold

Fonte: NFPA 70: National Electrical Code (Artigo 130: Work Involving Electrical Hazards). 

Benefícios e Necessidades de Implementação

O principal benefício da instalação de sensores de arco é a proteção direta ao operador, reduzindo o risco de acidentes fatais. Outros benefícios incluem:

    • Redução de danos ao equipamento: a atuação rápida do sensor evita que o arco elétrico cause danos permanentes em componentes críticos.

    • Aumento da confiabilidade do sistema: com a proteção garantida, o sistema elétrico opera de maneira mais estável e com menores chances de falhas.

    • Diminuição dos custos de manutenção: incidentes com Arc Flash podem causar prejuízos significativos, tanto pela substituição de equipamentos quanto pela paralisação das operações.

Contudo, para a efetiva implementação de sensores de arco, algumas condições devem ser atendidas:

    1. Adequação ao projeto elétrico: os sensores devem ser compatíveis com o layout e as especificidades da instalação, sendo posicionados em áreas críticas onde o risco de Arc Flash é maior.

    1. Capacitação de profissionais: os operadores e equipes de manutenção devem ser treinados adequadamente para entender o funcionamento dos sensores e os protocolos de segurança.

    1. Manutenção e testes regulares: o desempenho dos sensores deve ser verificado periodicamente para garantir sua eficiência.

Conclusão

O sensor de arco elétrico é uma tecnologia vital para a segurança em ambientes elétricos de baixa, média e alta tensão. Esta tecnologia pode salvar vidas ao detectar e mitigar os riscos de Arc Flash.

 A conscientização e a adoção de práticas preventivas são essenciais para reduzir os riscos operacionais. Garantir que esses dispositivos sejam corretamente instalados, mantidos e operados é um passo fundamental para um ambiente de trabalho seguro e eficiente.

Diego Fernando Nunes Cordeiro

Engenheiro Eletricista – A1 Engenharia.

    • Eng. Industrial Elétrica;

    • Pós-graduado em Proteção do Sistema Elétrico;

    • MBA em Gerenciamento de Projetos.

Fabrício Vieira Ferrarin

Engenheiro Eletricista – A1 Engenharia.

    • Engenheiro Eletricista;

    • Pós-graduado em engenharia industrial;

    • MBA em Gerência de Projetos;

    • Pós-graduado em Sistemas Elétricos de Potência.

Leonardo Martins

Engenheiro Eletricista – A1 Engenharia.

    • Engenheiro Eletricista;

    • Pós-graduado em Sistemas Elétricos de Potência;

    • MBA em Gerenciamento de Projetos.

]]>
https://a1.com.br/2025/04/08/sensor-de-arco-na-seguranca-do-operador-importancia-e-necessidades/feed/ 0
Classificação de Áreas – O alto custo do conhecimento https://a1.com.br/2025/04/08/classificacao-de-areas-o-alto-custo-do-conhecimento/ https://a1.com.br/2025/04/08/classificacao-de-areas-o-alto-custo-do-conhecimento/#respond Tue, 08 Apr 2025 16:33:46 +0000 https://a1.com.br/?p=297 Considerando a seriedade deste assunto, relacionado à segurança pessoal, operacional e patrimonial, e o fato de que as normas sobre o tema vêm sendo discutidas há mais de cem anos, ainda observamos um elevado desconhecimento nesta área — tanto nas premissas definidas pelas empresas a serem seguidas na elaboração de projetos quanto nas observações de aplicação em campo e no alto número de não conformidades encontradas nas instalações.

No texto de Roberval Bulgarelli — Centésima norma técnica brasileira “Ex” publicada pela ABNT —, com alguns trechos resumidos a seguir, é possível observar, de forma geral, a evolução das normas brasileiras na área Ex:

“As Normas Técnicas brasileiras adotadas das Séries ABNT NBR IEC 60079 (atmosferas explosivas) e ABNT NBR ISO 80079 (equipamentos mecânicos “Ex”), idênticas às respectivas normas técnicas internacionais, vêm sendo publicadas ou atualizadas desde 2005, quando foi publicada pela ABNT a primeira norma técnica brasileira adotada da Série ABNT NBR IEC 60079.
As Normas Brasileiras sobre equipamentos e instalações em atmosferas explosivas relacionadas ao segmento “Ex” vêm sendo publicadas no Brasil desde o final dos anos 1960. O início da elaboração de normas técnicas brasileiras da ABNT sobre atmosferas explosivas ocorreu em 1968, com a publicação do projeto de norma “experimental” P-EB-239 – Equipamentos com invólucros à prova de explosão. Em 1969, foi publicado pela ABNT o projeto de norma “experimental” P NB-158 – Instalações Elétricas em Ambientes com Líquidos, Gases ou Vapores Inflamáveis.
As normas adotadas no Brasil das Séries ABNT NBR IEC 60079 e ABNT NBR ISO/IEC 80079 (Equipamentos Mecânicos “Ex”) são idênticas em conteúdo técnico, estrutura e redação, sem desvios técnicos nacionais em relação às respectivas normas internacionais da IEC, elaboradas pelo TC-31 da IEC, de acordo com a ABNT Diretiva 3 – Adoção de documentos técnicos internacionais. O Brasil é um membro participante do TC 31 da IEC, com direitos e deveres de apresentar comentários para melhorias das normas e participar do processo de revisão, atualização, votação e aprovação.”

As publicações e normatizações sobre o assunto vêm crescendo, elevando o nível de conhecimento dos profissionais que atuam nessas áreas. Contudo, ainda temos um grande trabalho de conscientização quanto à importância do tema.

Antigamente, essas discussões eram mais restritas a representantes das áreas de Petróleo & Gás, Química, Petroquímica, Armazenamento de Grãos e Sucroalcooleira. No entanto, elas vêm se expandindo para outros segmentos onde também encontramos áreas classificadas, como Papel & Celulose, Portuário e Automobilístico.

Em função desse desconhecimento, muitas empresas optam por instalações mais robustas, com aplicação de tipos de proteção muito superiores aos exigidos pelas normas, tendo a falsa impressão de estarem mais seguras — o que resulta em alto custo de implantação. Vários tipos de proteção requerem critérios especiais para instalação e manutenção que, se não forem atendidos, podem invalidar a proteção do equipamento.

Como menciona Michel Llory em seu livro Acidentes Industriais – O Custo do Silêncio (Multimais Editorial – Funenseg, 1999):

“Segundo um documento da Secretaria Internacional do Trabalho e do Programa sobre o Meio Ambiente das Nações Unidas, 97% dos acidentes poderiam ser previstos.”
No caso do acidente com a nave espacial Challenger, que explodiu em 1986 após 73 segundos de seu lançamento, conforme consta do relatório “Rogers”, o engenheiro da empresa terceirizada que forneceu o reservatório de oxigênio e hidrogênio — combustíveis da nave — havia alertado sobre o risco de lançamento com a temperatura ambiente muito baixa no Centro Espacial Kennedy, recomendando abortar a missão. Esse engenheiro declarou, doze horas antes da partida:
“Se alguma coisa acontecesse, ele não gostaria de ter que explicá-la diante da comissão de inquérito” (Rogers, 1986).

Para garantirmos a segurança das Instalações em Atmosferas Explosivas, elencamos algumas das principais condições que devem ser seguidas:

  • Atendimento à legislação para projeto, montagem e manutenção;
  • Instalação de equipamentos Ex com certificado de conformidade;
  • Envolvimento apenas de profissionais qualificados para montagem, operação, manutenção e inspeção.

A A1 Engenharia conta com profissionais com mais de 30 anos de experiência neste assunto, atuando nos mais diversos segmentos no Brasil e no exterior, e oferece:

  • Consultoria em Instalações Elétricas em Área Ex;
  • Treinamento específico conforme NR-10 e NR-20;
  • Planos de Classificação de Áreas;
  • Especificação de Equipamentos Ex;
  • Avaliação de Conformidade;
  • Inspeção de Equipamentos em Área Classificada;
  • Suporte ao Processo de Certificação.

_______________________

Nilson Cunha Júnior
Gerente de Elétrica, Instrumentação e Automação – A1 Engenharia

Mestrando em Sistema de Potência
Técnico Eletrotécnico
Engenheiro Industrial Elétrico
Pós-graduado em Gerência de Manutenção/Gestão de Projetos

]]>
https://a1.com.br/2025/04/08/classificacao-de-areas-o-alto-custo-do-conhecimento/feed/ 0
Escola A1: Formando talentos, impulsionando a indústria e transformando realidades https://a1.com.br/2025/04/08/lorem-ipsum-dolor-sit-amet-consectetur-adipiscing-elit-auctor-lectus/ https://a1.com.br/2025/04/08/lorem-ipsum-dolor-sit-amet-consectetur-adipiscing-elit-auctor-lectus/#respond Tue, 08 Apr 2025 15:18:48 +0000 https://a1.com.br/?p=282 Em um cenário onde a tecnologia avança rapidamente e as exigências do mercado se tornam cada vez mais complexas, o Brasil enfrenta um desafio urgente: a falta de profissionais qualificados para os setores industrial e de serviços. De acordo com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), quase 70% das empresas relatam dificuldades em encontrar mão de obra preparada, especialmente em áreas técnicas como mecânica, caldeiraria, soldagem, desenho técnico e em serviços como, por exemplo, engenharia.

Esse déficit, que compromete a produtividade e a competitividade do país, foi um dos principais motivadores para a criação da Escola A1 — uma iniciativa nascida do desejo genuíno de devolver à sociedade o que ela nos proporciona todos os dias: oportunidade, crescimento e transformação.

Um elo entre a indústria e a comunidade

A Escola A1 surgiu há mais de dez anos com um propósito muito claro: preparar pessoas para os desafios reais do mercado de trabalho, contribuindo para a geração de empregos e para o desenvolvimento sustentável da nossa cadeia produtiva. Mais do que uma iniciativa interna, trata-se de um projeto aberto à comunidade, que beneficia jovens em formação, adultos em transição de carreira, colaboradores da empresa e também profissionais de outras organizações.

A formação é gratuita, com oferta de material didático, alimentação e infraestrutura completa, pensada para proporcionar uma experiência de ensino eficiente e acolhedora. As aulas acontecem em espaço próprio, com turmas nos períodos da manhã, tarde e noite, permitindo que os alunos conciliem os estudos com outras atividades — seja o trabalho, a escola ou os cuidados com a família.

Democratização do acesso à qualificação técnica

Enquanto cursos técnicos particulares chegam a custar entre R$ 300 e R$

2.000 por mês, a Escola A1 oferece formação de qualidade sem nenhum custo para o aluno. A proposta é clara: romper barreiras financeiras e sociais, abrindo portas para quem deseja aprender, crescer e conquistar um novo lugar no mercado de trabalho.

Com turmas reduzidas e acompanhamento próximo, os alunos recebem formação teórica e prática em áreas com alta demanda, como soldagem, caldeiraria, mecânica básica e desenho técnico para engenharia. Todos os conteúdos são ministrados por profissionais com sólida experiência no setor, o que garante uma preparação alinhada às reais exigências da indústria.

Resultados que falam por si

A cada ano, mais de 30 pessoas são formadas pela Escola A1. Mas, o impacto vai muito além dos números. Casos como o de Marcelo Amarildo dos Santos e Alex Fuchs, que iniciaram suas jornadas no chão de fábrica e hoje atuam junto ao setor de engenharia na A1, simbolizam o verdadeiro poder transformador da educação técnica.

“A Escola A1 abriu portas que eu nem sabia que existiam. Foi nela que comecei a sonhar mais alto e a conquistar meu espaço na engenharia.” — Marcelo A. dos Santos

“A formação técnica me deu confiança. Aprendi, cresci e hoje contribuo com projetos que antes eu só via de longe.” — Alex Fuchs

Essas trajetórias inspiram e reforçam o compromisso da A1 com o desenvolvimento humano e profissional de cada participante do projeto.

Estrutura e propósito alinhados ao futuro

A infraestrutura da Escola A1 foi cuidadosamente planejada para proporcionar uma jornada de aprendizado completa. O ambiente conta com salas modernas e oficinas práticas, além de oferecer alimentação diária no local — tudo isso para que o aluno possa se concentrar totalmente em sua formação.

Além de preparar profissionais para o mercado, a escola ajuda a preencher uma lacuna cada vez mais preocupante no setor industrial brasileiro. Segundo o SENAI, até 2025 o país terá um déficit de 9,6 milhões de trabalhadores qualificados. Atuar na formação de mão de obra deixou de ser uma opção para se tornar uma missão estratégica para quem deseja ver a indústria crescer de forma sustentável.

Mais que uma escola, um agente de transformação

Para Jheyme Tofaneli, gerente de Recursos Humanos do Grupo e responsável pela organização de todo o projeto, “a Escola A1 é um reflexo do que acreditamos: o conhecimento é o caminho mais sólido para transformar vidas e impulsionar a economia. Por isso, nosso projeto vai além da capacitação — ele promove inclusão, dignidade, autoestima e protagonismo”, acrescenta a profissional.

Se você é empresário, gestor, educador ou profissional da indústria, convidamos você a conhecer esse trabalho que tem mudado realidades e impactado positivamente toda uma rede de pessoas e negócios.Acesse www.a1.com.br, siga o @a1.grupo no Instagram e acompanhe o Grupo A1 no LinkedIn. Vamos juntos construir uma indústria mais forte, humana e preparada para o futuro.

]]>
https://a1.com.br/2025/04/08/lorem-ipsum-dolor-sit-amet-consectetur-adipiscing-elit-auctor-lectus/feed/ 0